quarta-feira, 24 de junho de 2015

Virou chefe do seu amigo? Veja o que fazer.


Em janeiro de 2015, quando recebeu a notícia de que seria promovido ao cargo de gerente comercial da empresa de auditoria Crowe Horwath, de São Paulo, o publicitário Juliano Esposto, de 30 anos, sabia que teria um grande desafio pela frente.
Além das novas responsabilidades que o cargo trazia, ele passaria a comandar uma equipe formada por pessoas que, até então, eram seus pares e, em muitos casos, amigos. “A relação com meus colegas era muito próxima, a ponto de eu frequentar as festas de família de muitos deles”, afirma Juliano.
Ao mudar de função, Juliano temia que a relação com seus amigos — e agora subordinados — ficasse prejudicada. “Sabia que seria inevitável comparar minha postura antes e depois de me tornar chefe.” 
Assumir a chefia de uma equipe formada por amigos é um grande desafio, pois exige algumas mudanças significativas no relacionamento com os antigos colegas e agora subordinados.
Problemas ao longo dessa transição são naturais — medo de desagradar, uso inadequado de relações pessoais e favorecimentos são algumas das situações. 
Mas é possível contornar os obstáculos. 
No caso de Juliano, o caminho encontrado foi manter o diálogo aberto com a equipe. “Quero que eles me falem se eu estiver errando a mão”, diz. 
A seguir, algumas ações para lidar com seus amigos subordinados. 
Comunicação
Manter um diálogo aberto a críticas e sugestões da equipe é uma das principais orientações dos especialistas. “A pessoa tem de mostrar que está mudando de cargo, e não de lado”, afirma o consultor de gestão Ênio Klein, de São Paulo.
Uma comunicação eficiente ajuda o time a conhecer as regras e diminui os melindres na hora das cobranças. 
O ideal é que haja uma conversa logo de cara, em que fique decidido como as coisas vão funcionar. “Sem critérios claros, ou a pessoa se torna muito frouxa, ou vira um carrasco”, diz Ênio.
Estilo
Ao assumir um cargo de liderança, muita gente acha que deve agir de outra forma. Isso é desnecessário. “em vários casos, o executivo é promovido justamente por causa do perfil de liderança que já exercia sobre a equipe”, diz Felipe Maluf, sócio da consultoria YCoach, de São Paulo.
Mantenha nos relacionamentos a mesma conduta que garantiu seu progresso. “a única mudança deve ser o acréscimo de funções”, diz Anderson Sant’Anna, do núcleo de desenvolvimento de liderança e pessoasda Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais.
Respeito
Muitos se sentem desconfortáveis em manter relações mais próximas com a chefia. 
Respeite isso. esse estranhamento dura apenas um tempo. não tente obrigar ninguém a manter a mesma postura de antes.  “Alguns colegas se distanciaram no início”, diz Erlon Lisboa, de 35 anos, que assumiu o cargo de gerente de auditoria e gestão de riscos da rede de lojas Marisa há dois anos.
Texto extraído de Exame.com

Tadeu Artur Cavedem
Consultor comportamental
Palestrante motivacional

Celular: 11 9 9989-4865

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